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Quem é Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa presa pela PF

Parlamentar é candidata à reeleição e suspeita de liderar um esquema de aliciamento violento de eleitores. Vereadora Raíssa Lacerda é presa em operação ...

Quem é Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa presa pela PF
Quem é Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa presa pela PF (Foto: Reprodução)

Parlamentar é candidata à reeleição e suspeita de liderar um esquema de aliciamento violento de eleitores. Vereadora Raíssa Lacerda é presa em operação da PF contra aliciamento violento de eleitores Reprodução/Jornal da Paraíba A vereadora de João Pessoa, Raíssa Lacerda, foi presa pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (19), em uma operação para combater o crime de aliciamento violento de eleitores. Confira abaixo mais informações sobre quem é a parlamentar. Afiliada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), Raissa é atualmente candidata à reeleição. Ela assumiu a titularidade da vaga deixada pelo vereador Professor Gabriel, que faleceu no fim de maio, devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Antes disso, Raíssa era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa. Na Câmara Municipal de João Pessoa, sua atuação começou em 2008, quando foi eleita vereadora. Durante seu primeiro mandato, foi eleita presidente do diretório municipal do Partido Social Democrático (PSD), seu partido na época. Vereadora Raíssa Lacerda (PSB) Reprodução/Câmara Municipal de João Pessoa Em sua biografia no site da Câmara Municipal de João Pessoa, a parlamentar afirma que "sempre desenvolveu trabalhos sociais em comunidades carentes, entidades filantrópicas e hospitais de João Pessoa". Raíssa Lacerda é casada com o advogado e gerente executivo das Casas da Cidadania, Roberto Azevedo Rodrigues de Aquino II. Ela tem três filhos e um neto. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou bens nos valores de R$ 180.000. A parlamentar vem de uma família com tradição política. Ela é filha de José Lacerda Neto, ex-prefeito, ex-deputado, ex-vice-governador e ex-secretário de Articulação Política. No poder estadual, ele teve seu mandado cassado pelo TSE em 2008 por abuso de poder econômico e político, e conduta vedada a agente público nas eleições de 2006, quando atuava como vice do então governador Cássio Cunha Lima. PF deflagra operação e prende vereadora Raissa Lacerda, em João Pessoa Agressão, briga em condomínio e conversa viral Em 2018, uma empresária prestou queixa na 10ª Delegacia Distrital (DD) em Tambaú, denunciando ter sido agredida fisicamente e verbalmente pela vereadora. Betânia Navarro contou que a vereadora adentrou o salão do prédio onde os pais da parlamentar moram e a atacou fisicamente, proferindo ameaças e palavras de baixo calão. De acordo com a empresária, a vereadora foi tomar satisfações após uma funcionária do prédio prestar queixa contra o irmão de Raíssa Lacerda por assédio e atos libidinosos. “Estava atendendo um casal de clientes quando a vereadora entrou no salão e me agrediu, fez ameaças, inclusive de morte. Vou entrar com o processo porque preciso de uma providência”, relatou. Vereadora Raíssa Lacerda se envolveu em confusão em condomínio de luxo de João Pessoa Reprodução/TV Cabo Branco Em nota, Raíssa Lacerda deu uma versão diferente para o caso. A vereadora explicou que se defendeu das agressões da corretora após um desentendimento entre um funcionário da família Lacerda e funcionários do prédio. No caso, o motorista do ex-governador José Lacerda teria sido alvo de injúria racial da esposa do proprietário do prédio por não usar o elevador de serviço. Na sua versão, a empresária explicou que no último o irmão da vereadora estava praticando atos libidinosos na piscina e chegou a assediar sexualmente uma funcionária do condomínio. O fato resultou em um registro na Polícia Civil por parte da funcionária, o que teria causado revolta por parte da família da vereadora. Briga envolvendo vereadora e empresária aconteceu no salão de um condomínio de luxo na orla de João Pesso Reprodução/TV Cabo Branco Em 2024, a então suplente viralizou após confundir a cariosa Livia Voi, de 23 anos, com a herdeira catarinense Livia Voigt, considerada a bilionária mais jovem do mundo aos 19 anos. Separadas por duas letras e um patrimônio de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,56 bilhões), as duas também são estudantes de psicologia. Após saber da confusão, Raíssa Lacerda disse que usa a boca para "abençoar e pedir para pessoas mais carentes". Em um vídeo publicado na rede social, ela contou o que aconteceu. "Quando vi que uma jovem só de 19 anos, psicóloga, estava bilionária, o que eu pedi: ajude as pessoas mais humildes. Eu acho que não foi invasivo, mas foi engraçado, porque não era a Livia Voigt bilionária", contou. 'Acho que não foi invasivo', diz mulher que confundiu bilionária mais jovem do mundo Por que Raíssa Lacerda foi presa? A parlamentar é suspeita de liderar um esquema que se utilizava de meios ilegais para tentar obrigar que as pessoas de determinados bairros de João Pessoa para votarem nela. A vereadora foi presa na segunda fase da Operação Território Livre da Polícia Federal, que combate o aliciamento violento de eleitores e a organização criminosa na capital paraibana. Além da prisão de Raíssa, uma assessora da candidata também foi presa no bairro de Alto do Mateus. Outras duas pessoas ainda não identificadas também foram presas. Estão sendo cumpridos também uma série de mandados de busca e apreensão em ao menos dois bairros da cidade. O outro seria o bairro São José. Centro comunitário do bairro São José foi um dos alvos da operação da PF Antônio Vieira/ TV Cabo Branco No dia 10 de setembro, uma primeira etapa da operação já tinha sido realizada. Naquele dia, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos e R$ 35 mil em dinheiro foram apreendidos. Segundo a Polícia Federal, os investigados estariam exercendo influência no pleito eleitoral através do controle do território e praticando as condutas de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto e outros que restarem comprovados. O que é o aliciamento eleitoral, de acordo com o TRE? Aliciamento de eleitor é a prática adotada por candidato, partido ou correligionário que consiste na tentativa de convencer o eleitor, utilizando-se de meios ilegais, a votar em candidato ou partido diferente daquele em que naturalmente votaria, não fosse a ação de convencimento. O aliciamento é crime eleitoral, e é punível com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a 15 mil UFIRs. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba